Poemetos

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sábado, 26 de março de 2011

Homenagem ao Galo, nos seus 103 anos


Desculpem, mas paixão demais nos impede de escrever descrever o que nos move, o ser amado. Eu não teria, ainda que quisesse, as palavras certas para expressar meu amor pelo Galo. Não saberia separar o que me move e impulsiona daquilo que deveria ser dito. Afinal, um atleticano é, por definição, passional, apaixonado, cego de amor, que segue a ferro e fogo a sábia lição de que "a medida de amar é amar sem medida". Por isso, minha identidade é o Galo. é ele, o time da Massa, quem define o que sou. Por isso, para homenagear meu Time, minha paixão, devo me valer das palavras de outrem. Por isso, porque eu e o Galo não conseguimos nos separar, é que outro é quem deve falar. Assim, segue um texto primoroso sobre o Galo, a melhor maneira de expressar o que sinto:


“A Massa”
* Armando Nogueira
Torcidas, haverá as mais numerosas (Flamengo) ou mais conhecidas por sua grandeza (Corinthians), mas nenhum séqüito futebolístico brasileiro se compara a massa do Clube Atlético Mineiro em mística apaixonada, em anedotário heróico, em poesia acumulada ao longo dos anos. “A Massa”, como é simplesmente conhecida em Minas Gerais, compartilha com a torcida corintiana (”A Fiel”) a honra de deixar-se conhecer com um substantivo ou adjetivo comum transformado em nome próprio, inconfundível. A Fiel, A Massa: poucas outras torcidas terão realizado tal operação de mutação de um nome comum em nome próprio. No caso do atleticano, a alma do time não é senão a alma da torcida.
Toda a mística da camisa, das vitórias sobre times tecnicamente superiores (e também das derrotas trágicas e traumáticas), emana da épica, das legendárias histórias que nutre sua apaixonada torcida: nem o Urubu, nem o Porco, nem o Peixe, nem a Raposa, nem o Leão, nem nenhum animal mascote se confunde com o nome do time, com sua identidade, com sua alma mesma, como o Galo com o Atlético Mineiro. Nenhum outro time é conhecido por tantas vitórias improváveis só conquistadas porque a massa empurrou. ”Quem possui uma torcida como esta, é praticamente impossível de ser derrotado em casa” (Telê Santana). Pelos ídolos de 69 ou 70, o timaço do Cruzeiro já tetra ou pentacampeão entrava em campo mais uma vez e parecia que de novo ia humilhar o Atlético. Mesmo naquele clássico durante vacas tão magras, a massa atleticana era, como sempre foi, maioria no Mineirão.
Impotente, ela viu Dirceu Lopes abrir o placar e o time do Cruzeiro massacrar o Galo durante 45 minutos. No intervalo, a massa que cantava o hino do Atlético foi inflamada por um recado de Dadá Maravilha pelo rádio: “Carro não anda sem combustível.” A fanática multidão encheu-se de brios, fez barulho como nunca, entoou o grito de guerra, encurralou sonoramente a torcida cruzeirense, e o time do Atlético – infinitamente inferior, liderado pelo artilheiro Dario e pelo seu grande goleiro (como é da tradição atleticana) Mazurkiewcz – virou o placar para 2 x 1 sobre o escrete azul, e abriu caminho para a reconquista da hegemonia em Minas, selada com o título estadual de 70 e o Brasileiro de 71. Nenhum dos jogadores atleticanos presentes nessa vitória jamais se esqueceu da energia que emanava das arquibancadas, e que literalmente ganhou o jogo.
Se houver uma camisa alvinegra pendurada no varal num dia de tempestade, o atleticano torce contra o vento.” O achado do cronista Roberto Drummond resume a mitologia do Galo : contra fenômenos naturais, contra todas as possibilidades, contra forças maiores, a torcida atleticana passa por radical metamorfose e se supera. Superou-se tantas vezes que já não duvida de nada, e cada superação reforça ainda mais a mística, como uma bola de neve da paixão futebolística. Nenhum atleticano hesitaria em apostar na capacidade da Massa de transformar o impossível em possível a qualquer momento, de fazer parar aquela tempestade que açoita o pavilhão alvinegro deixado solitário no varal.
Não surpreende, então, o sucesso que tiveram os jogadores uruguaios que atuaram no Atlético Mineiro, do grande Mazurkiewcz ao maior lateral-esquerdo da história do clube, Cincunegui. Se há uma mística de garra e amor à camisa que se compara à atleticana, é a da celeste, não mineira, mas uruguaia. Só à seleção uruguaia a pura paixão por um nome e um símbolo levou a tantas vitórias inacreditáveis, improváveis, espíritas, ou puramente heróicas.
Ao contrário das torcidas conhecidas por sua origem étnica (Palmeiras Cruzeiro, Vasco), por sua origem social (Flamengo, Fluminense, Grêmio, São Paulo), ou por seu crescimento a partir de uma grande fase do time (Santos, Cruzeiro), qualquer menção da torcida do Atlético Mineiro evoca, invariavelmente, a substância mesma que constitui o torcer. O amor ao time na vitória e na derrota, o apoio incondicional, a garra, a crença de que sempre é possível virar um resultado.
Armando Nogueira, foi um dos maiores jornalistas do Brasil, criador do “Jornal Nacional”, dentre tantas heranças positivas que deixou para a comunicação brasileira.
Era acreano, de Xapuri, morreu no Rio de Janeiro, aos 83 anos, de câncer no cérebro, no dia 29 de março do ano passado.

domingo, 13 de março de 2011

DESCOBERTO O PORQUÊ DA POPULARIDADE DE LULA

DESCOBERTO O PORQUÊ DA POPULARIDADE DE LULA

Reportagem do Jornal O Tempo, de Minas Gerais, faz análise comparativa dos gastos com publicidade dos Governos FHCXLULA. É uma boa explicação de como funcionou esse período da historia brasileira, em que a propaganda não corresponde à realidade.
Lula turbinou popularidade com recorde em propagandas
Nem só ao carisma do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se deve a aprovação recorde de seu governo, que terminou com mais de 80% de avaliação positiva. Um levantamento feito pela reportagem nas contas da União demonstra que as despesas com publicidade na administração do petista cresceram 149,8%, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), na comparação com o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). FHC gastou R$ 1,3 bilhão, enquanto Lula torrou R$ 3,3 bilhões.

Ao longo de seus oito anos de mandato, Lula aumentou, em média, em R$ 35,9 milhões, por ano, os gastos com publicidade e propaganda do governo federal. Durante sete dos oito anos da gestão tucana no país, Fernando Henrique incrementou as despesas em cerca R$ 4 milhões ao ano. Em 1996, ocorreu o menor gasto de FHC com publicidade: R$ 176,7 milhões. Já a menor despesa de Lula foi em 2003, no primeiro ano de mandato, quando o montante chegou aos R$ 269,4 milhões, em valores corrigidos.

Salto. Quando a correção é desconsiderada, Lula aumentou 12,9 vezes as despesas apenas da Presidência da República com publicidade no primeiro ano de seu governo, em 2003, numa comparação com Fernando Henrique em seu último ano de gestão. Lula priorizou a publicidade de sua gestão à propaganda dos ministérios.

PIB. Os gastos do ex-presidente Lula com publicidade também seguem em alta se comparados percentualmente em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do país. Ao longo de sete anos, em média, o petista utilizou 0,12% do PIB com a propaganda governamental. Já a média do tucano, em sete anos de governo, foi de 0,09%.

Os gastos de Lula atingiram o ápice em 2009, quando 0,18% do PIB brasileiro foi utilizado para arcar com os gastos de publicidade oficial. Nesse ano, o ex-presidente gastou R$ 583 milhões. No caso de Fernando Henrique, 1997 foi o ano de maiores gastos com propaganda governamental. O tucano queimou 0,14% do PIB na época - o equivalente a R$ 133 milhões em valores da época.

BASE. Para a comparação dos governos de Lula e Fernando Henrique Cardoso, a reportagem considerou os dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do governo federal (Siafi) - entre 1996 e 2010. No Siaf, não há uma individualização de despesas no orçamento do país relativas a 1995, primeiro ano de mandato de FHC. Os gastos não estão separados por área.

Portanto, considerando-se os dados disponíveis, a comparação foi feita entre 1996 e 2002, no caso do tucano, e entre 2003 e 2010, no caso do petista.
ANÁLISE
Petista investiu em jornais, TVs e rádios do interior
Ao longo de seus oito anos de mandato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também tratou de interiorizar a propaganda do governo federal. A estratégia levou a publicidade oficial para cidades menores e veículos de comunicação sem alcance nacional, porém, com comprovada importância e credibilidade locais.

Em 2009, por exemplo, a publicidade oficial chegou a 7.047 veículos de comunicação espalhados por 2.184 municípios em todo o país. No ano de 2003, início de seu primeiro mandato, eram apenas 182 cidades "contempladas" com a propaganda do governo.

Lula diversificou ainda os meios de comunicação nos quais o governo anunciou e priorizou veículos de cidades do interior do país. Televisão, jornal, rádio e revistas, nesta ordem, foram os meios que mais receberam recursos em 2009. Para emissoras de TV, foram destinados R$ 759,5 milhões, 64% do total. Jornais receberam R$ 115,4 milhões e rádios, R$ 104 milhões.

A internet aparece na quarta posição em valores absolutos, entretanto é o veículo que registrou o maior crescimento no volume de verbas recebidas sob a batuta de Lula: os gastos do governo com publicidade na rede mundial de computadores saltaram de R$ 11,4 milhões em 2003 para R$ 36,3 milhões no ano de 2009.

OUTDOOR. As despesas com propaganda em outdoor aparecem como as mais inconstantes nas planilhas da Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Curiosamente, de 2003 até 2009, os picos de investimento nesse tipo de mídia se deram em 2004 e 2006 - justamente anos eleitorais.

Em 2006, quando o ex-presidente Lula concorreu à reeleição - e ainda em meio ao escândalo do mensalão -, o governo gastou R$ 19,9 milhões com publicidade em outdoors - no ano anterior, 2005, a despesa total tinha sido de R$ 7,7 milhões e, no ano seguinte, 2007, de R$ 3,4 milhões. (RF com agências)
ELEIÇÕES
Gasto maior que o permitido
O Sistema Integrado de Administração Financeira do governo federal (Siafi) aponta que a gestão Lula gastou mais do que o permitido pela lei com publicidade em 2010, ano de eleição presidencial. Segundo a Lei 9.504, de 1997, em anos eleitorais, o gasto não pode ser superior à média dos três anos anteriores ao pleito ou do último ano imediatamente anterior à votação - prevalecendo o menor montante.
Em 2009, o governo Lula gastou R$ 583 milhões e previa um gasto de R$ 700 milhões em 2010, o que já seria uma despesa 16,7% maior do que o permitido. Se comparado à média dos três últimos exercícios (R$ 410 milhões), o valor seria 41,4% maior. Ao fim de 2010, o governo petista utilizou R$ 557 milhões - mais do que a média dos três anos que antecederam o pleito. (RF)
MARKETING

De 2003 a 2010, Presidência consumiu 40% da propaganda
FHC gastou 1,85% das verbas com seu gabinete; Lula fez uso de 39,7%
Na comparação entre os gastos com propaganda dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o petista concentrou a maior parte dos gastos do governo federal com publicidade na própria Presidência da República. Em outras palavras, Lula tratou de fortalecer a sua imagem e as ações do Palácio do Planalto junto à população.

Em valores corrigidos pelo IPCA, o ex-presidente Lula, durante os oito anos de governo, concentrou 39,7% das verbas totais destinadas à publicidade de sua gestão diretamente na Presidência da República. Dos R$ 3,3 bilhões gastos pelo petista, R$ 1,31 bilhão foram queimados com a publicidade presidencial.

Fernando Henrique Cardoso, por sua vez, gastou, em sete anos, R$ 45,6 milhões dos R$ 1,3 bilhão que utilizou com toda a publicidade de administração pública federal - o equivalente a 1,85% do total da verba.

Ainda pelo levantamento, o ex-presidente Lula utilizou, apenas para a propaganda da Presidência, um valor maior do que FHC destinou em sete dos oito anos de seu governo para todas as ações de publicidade e propaganda. A diferença é de pouco mais de R$ 100 milhões.
 Enquanto FHC utilizou R$ 1,3 bilhão em todos os gastos com a propaganda do governo, Lula gastou R$ 1,31 bilhão apenas com o Planalto.

TÁTICA. Ao longo do governo petista, Lula reajustou quase todas as verbas de publicidade dos ministérios e investiu em mais pastas do que Fernando Henrique. Entretanto, para gastar mais com a publicidade do Palácio do Planalto, o ex-presidente petista investiu proporcionalmente menos do que Fernando Henrique Cardoso em algumas pastas.

É o caso do Ministério da Educação. Ao longo de seus oito anos de gestão, o petista investiu 4,45% do total em publicidade governamental no ministério contra 7,69% do ex-presidente tucano.
VALORES
Promoção da Saúde triplicou no lulismo
Apesar de ter concentrado 39,7% dos gastos totais com a publicidade institucional do Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumentou os investimentos na propaganda do Ministério da Saúde em seus oito anos de governo.

Na comparação com sete dos oito anos de gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) na Presidência, os gastos com a pasta aumentaram três vezes.

Entre 2003 e 2010, Lula queimou exatos R$ 945 milhões com a publicidade do Ministério da Saúde. Esse valor corresponde a 28,6% dos R$ 3,3 bilhões investidos pelo petista no período. Já, entre 1996 e 2002, Fernando Henrique Cardoso utilizou R$ 316 milhões na área - ou 23,8% de seu orçamento total com propaganda. Os valores estão corrigidos de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Foco. O Ministério da Saúde foi o mais contemplado com verbas publicitárias nos dois governos. A justificativa, em ambos os casos, é que as grandes campanhas nacionais, como as de vacinação ou contra o câncer de mama, por exemplo, são dispendiosas e precisam de investimentos constantes.
Já o Ministério da Educação ficou com a segunda maior fatia do bolo publicitário, também nos dois governos.(RF)
Gasto maior perto de eleições
Os gastos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especificamente com a publicidade de ações ligadas ao Palácio do Planalto, atingiram o ápice em 2009 – ano anterior à eleição presidencial, vencida por Dilma Rousseff, que era a candidata governista.

Considerando-se valores corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o petista gastou R$ 222 milhões com a propaganda do Planalto apenas em 2009.

Já o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso teve seu maior gasto em 2000
– ano de eleição municipal. O tucano autorizou a liberação de despesas de R$ 30 milhões naquele ano, um valor sete vezes menor do que o de Lula, ainda em valores corrigidos. (RF)

Quando a escola deseduca (ou quando a Educação passa a ser o problema)

Quando a escola deseduca (ou quando a Educação passa a ser o problema)



Em um site voltado para alunos da primeira a quinta série do Ensino Fundamental (Ensino Básico),[  http://www.escolakids.com/che-guevara.htm ] encontra-se essa pérola escrita por um professor de história:


CHE GUEVARA

Em 14 de Junho de 1928, na província de Rosário, Argentina, nasceu Ernesto Guevara de la Serna, mais conhecido como Che Guevara. Teve asma ainda criança e, por conta disso, sua família se mudou para Córdoba, região campestre da Argentina onde o ar é mais puro. Desde pequeno gostava de ler. E por conta do gosto pela leitura, passou no vestibular para Medicina. Quando estava na faculdade desenvolveu uma vontade imensa de ajudar seu próximo. Sendo assim, ao final de seu curso, saiu em uma viagem com seu amigo Alberto para conhecer os lugares mais pobres da América Latina e tratar os doentes, sem cobrar nada.
Quando voltou de sua viagem, sua cabeça havia mudado. Che Guevara presenciou tantas injustiças que resolveu fazer algo para mudar a situação. Estudou mais ainda sobre Política, História, Geografia e Filosofia e se alistou no exército revolucionário Cubano. Cuba, assim como vários países da América, estava sendo controlada pelos Estados Unidos. Os cubanos viviam em péssimas condições, sem saúde, sem escolas e sem emprego. E os Estados Unidos contribuíam cada vez mais com o sofrimento dos cubanos. Che conheceu Fidel Castro, líder do exército revolucionário cubano, e junto de outros companheiros, expulsaram os estadunidenses de Cuba.
A paz voltou a reinar na Ilha. As crianças voltaram para a escola, os pais voltaram para seus empregos e os cubanos puderam ter uma vida mais digna. O governo cubano investiu em educação, cultura, saúde e nos esportes. Hoje, uma das melhores universidades de medicina se encontra em Cuba. Nos esportes, os cubanos também se destacam, ganhando muitas medalhas nas competições mundiais.
No entanto, Che Guevara ainda não estava contente e rumou para Bolívia, a fim de lutar contra os Estados Unidos, novamente. Lá, traído e dedurado por seus companheiros, foi morto covardemente. Che Guevara não está mais entre nós, mas seus ensinamentos ficaram para refletirmos, agirmos e construirmos um novo mundo, sem injustiças, sem fome, sem violência e em paz”.
Por Demercino Júnior
Graduado em História
Equipe Escola Kids




Vamos por partes.

1) E por conta do gosto pela leitura, passou no vestibular para Medicina. Ao que se saiba, as pessoas em regra passam em vestibulares da área de saúde porque gostam das matérias afetas à área: biologia, química, um pouco de física...
2) Ele não saiu para ajudar pessoas. Saiu para tentar convencer e doutrinar pessoas pobres de que sua visão de mundo, distorcida e fascinora, era a correta. Usou da medicina como arma de convencimento, nunca como meio eficaz de tratamento.
3) é fato que ele e Fidel ajudaram a derrubar o Governo Cubano. Mais fato ainda que auxiliou em julgamentos sem defesa e sem juízes, onde só a acusação tinha vez e voz. Ou que determinou a morte de muitos somente porque assim queria, sem sequer o direito de se defender, ainda que num simulacro de justiça. É um homem que deixou registrado em seu diário o mais profundo desprezo pela vida humana. Foi capaz de corromper e destruir o Juramento de Hipocrates em cada ato de sua vida, por todos os meios possíveis e imagináveis.
4) Interessante que para o professor, é belo e bom expulsar os “estadunidenses” (forma imbecil e esquerdopata de definir o s Estados Unidos da America, ou americanos), mas é ao mesmo tempo bom e belo que a ditadura cubana, por meio de Che, invadisse e interferisse na soberania dos países africanos e na soberania boliviana. Sempre quis saber qual o critério da esquerda para definir porque um mesmo ato é bom ou mal a depender não dos efeitos, mas de quem o pratica.
Não é por acaso que a diferença mais visível entre as pessoas de bem e um esquerdista é que as pessoas de bem odeiam ditaduras, quaisquer ditaduras, de direita, de centro, de esquerda, sem lado. Todo esquerdista, porém, tem um ditador pra chamar de seu. Essa idolatria a uma dupla de facínoras assassinos como Fidel e Che, só comprova a tese de que o pessoal da esquerda, para construir o novo homem, adora destruir o homem velho pelos mais diversos meios: paredões, fuzilamentos, enforcamentos, gulags etc., etc., etc.
Então vejamos, para o professor a invasão da Bolívia para tentar derrubar governos é um ato heróico. E tem gente que ainda acredita nisso.
5) sugiro buscarem dados comparativos entre o pré e o durante Fidel (já que o homem não larga o osso e comanda com mão de ferro a Ilha). Os dados educacionais são parecidos e o que houve foi uma diminuição econômica causada pela má gestão estatal. Aliás, sugiro que busquem na lista de grandes fortunas o nome de Fidel, vão se surpreender.
6) Conheco a estrutura de ensino de Cuba. Dizer que as Faculdades de mewdicina de lá são boas é uma triste piada. Muitos brasileiros, para fugirem dos vestibulares daqui ou apaniguados de partidos de esquerda, fazem a faculdade de medicina em Cuba. Ao fazerem os exames de validação aqui no Brasil, com provas fáceis e básicas, o índice de reprovação é superior a 90%. Eles não sabem interpretar um simples exame de ultrassom, simplesmente porque é equipamento raríssimo em Cuba. Têm dificuldade imensa de entender um eletrocardiograma, porque nunca viram um durante todo o período de faculdade.
7) a melhor prova de que Cuba não é um paraíso é o índice de fugas e tentativas de fuga da Ilha. Os cubanos buscam a fuga em balsas precaríssimas no mar do Caribe, infestado de tubarões. Um regime bom e justo não causaria tamanha repulsa e fuga.
8) Os cubanos não tem papel higiênico, só compram comida no mercado negro, já que a libreta não funciona ou tem porções insuficientes para uma pessoa. Os médicos ganham mal (a única “virtude” de Cuba é que as prostitutas e garotos de programa nos locais turísticos possuem diploma e uma médica ganha mais num programa de prostituição de uma hora do que num mês de salário do estado). Os cubanos não tem liberdade, não tem acesso a meios de comunicação independentes, podem ser presos por discordar.
Por fim, comparando a Cuba real e o Che verdadeiro com esses parágrafos michos do citado professor há que se dizer algumas coisas:
a)    É preciso descontaminar as Faculdades. É preciso que as pessoas estudem e ensinem história sem doutrinação e sem ideologias. Esse Professor está doutrinado, não consegue pensar por conta própria e repete os chavões aprendidos nas faculdades, por professores doutrinados e doutrinadores.
b)   É preciso que os Pais assumam a responsabilidade que lhes é dada. Fiscalizar a Escola, impedir que os filhos sejam doutrinados, deixar claro que os valores e as idéias são passadas pela família, conforme as convicções de cada núcleo familiar e que o Estado não pode impor uma visão de mundo a crianças indefesas.
c)    É preciso repensar a educação. Como está hoje a escola doutrina e deseduca. Pior: a escola vem sendo sobrecarregada por diversos assuntos que não são da competência dela mas da responsabilidade dos pais. São temas transversais, transdisciplinares, ou que nome trans se lhes dê, que impedem que a Escola ensine, virando mais catequese vazia e sem sentido.
d)   Por último, vale a pena recordar Cecilia Meireles e sua grande obra “Romanceiro da Inconfidência”: “Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda”.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Noções básicas e leves de termos políticos – I.


Noções básicas e leves de termos políticos – I

Vamos nos divertir, com as noções básicas de termos políticos, sempre repetidos e nunca entendidos.
A “tal” reforma política muitas vezes esconde pegadinhas para fortalecer as oligarquias partidárias e não a representação popular.

VOTO PROPORCIONAL – modelo utilizado no Brasil para os Parlamentos. O modelo, tal qual usado no Brasil, tem dois inconvenientes: primeiro – a forma como são dividas as sobras; segundo, a permissão para coligações. Por incrível que pareça, e que muitos digam o contrário, é a melhor forma de se eleger a representação popular. Isso porque, ao dividir as cadeiras proporcionalmente ao número de votos conquistados por cada partido, permite que as minorias tenham voz e vez nos parlamentos.
Entendo que o problema dos Parlamentos Brasileiros não está no sistema proporcional de votação, mas na geléia geral que viraram os partidos políticos.
Portanto, acredito que o melhor modelo para votação parlamentar ainda seja o voto proporcional. No Brasil, precisa de algumas correções: 1) As sobras, obrigatoriamente, devem ir para o partido que mais alcançou votos; 2) deve-se proibir as coligações em votações proporcionais; 3) deve-se instituir cláusula de barreira, por ente da federação; 4) Os Partidos devem ser reestruturados, de forma a garantir a participação de filiados e com realização de primárias, tanto para escolha dos candidatos proporcionais quanto para os majoritários; 5) deve-se votar no partido e não na pessoa.

VOTO DISTRITAL PURO – modelo em que se dividem as áreas em distritos e nele se elege aquele que tiver maioria. Na verdade, o distrital puro transforma todos os eleitos em eleitos majoritários. Inconveniente: homogeneíza o parlamento, na permitindo que minorias sejam representadas corretamente. Damos um exemplo claro: suponhamos um distrito em que haja apenas dois candidatos, um do Partido A e outro do Partido B. Esse distrito tem dois milhões de eleitores. O Partido A é conservador, o Partido B é de Esquerda. Os dois Partidos têm posições opostas sobre todos os assuntos: um acredita que é direito reprodutivo da mulher o aborto, outro acredita que o aborto deve permanecer crime; um acredita que o Estado deve ser menor, mais regulador e menos interventor, o outro acredita que o Estado é o grande indutor e portanto deve intervir sempre no mercado... E por aí vão as diferenças. Suponhamos, portanto, que na eleição parlamentar, com dois candidatos, um de cada partido, um obtenha 50,1% dos votos e outro, 49,9% dos votos válidos.
Pelo distrital puro assumirá a cadeira o candidato majoritário. Portanto, 49,9% dos eleitores não estarão representados no Parlamento e não terão direito a terem um representante para defendê-los.
Lembremos sempre: Estado de Direito é para garantir às minorias o direito de não serem oprimidas pelas maiorias de plantão. E aqui nem se discute sobre a bondade ou maldade do sistema, que vige em muitas partes do mundo, quase sempre em sistemas bi-partidários, com serias dificuldades para ser implantado num País que optou pelo pluripartidarismo com todas as vantagens e desvantagens desse sistema.

VOTO DISTRITAL MISTO – o voto distrital misto é uma mistura do proporcional e do distrital puro. Metade das cadeiras é disputada em distritos e metade proporcionalmente. È um samba do afro descendente doido, com complicações e confusões de toda monta. Pouca chance de dar certo.

VOTO MAJORITÁRIO – No Brasil, a eleição majoritária é para os cargos do Executivo e para o Senado (que não representa o Povo, mas os Estados). Vence o que tiver mais votos e ponto final.

CONGRESSO NACIONAL – Há duas formas de se ter Parlamento: nos Estados Unitários, em regra, o Parlamento é unicameral, ou seja, apenas câmara dos deputados. Nos Estados Federais (modelo americano que muitos reproduziram, inclusive o Brasil) há sempre bicameralismo. O Congresso Nacional é composto no Brasil, portanto, de duas Câmaras: Conhecidas como Câmara Alta e Câmara Baixa. Por esse modelo, o Senado Federal, que é a Casa da Federação, cumpre uma missão importante: garantir que o Pacto federativo seja mantido.

CÂMARA DOS DEPUTADOS – A Câmara dos Deputados representa o Povo, detentor do Poder (“todo poder emana do Povo que o exerce diretamente ou por meio de representantes”). Por isso, o numero de cadeiras é proporcional ao numero de eleitores de cada estado. Problema brasileiro: A Constituição de 1988 trouxe um problema sério de representatividade ao definir número mínimo e máximo de deputados por estado. Ao criar piso e teto, o Constituinte tornou alguns eleitores mais eleitores que os demais. Assim, enquanto o eleitor de São Paulo ou de Minas é sub-representado, os eleitores dos Estados menores são super-representados, causando distorção no Pacto Nacional.
Como deveria ser? Número máximo de cadeiras fixada para o Parlamento. A cada censo o TSE deveria dividir o número de eleitores pelo número de cadeiras e a partir daí dividir o eleitorado de cada estado pelo número alcançado. Cada Estado teria no mínimo dois assentos, ficando os demais assentos sujeitos à conta por cabeça.
EXEMPLO: 130 milhões de eleitores dividido por 513 cadeiras. Daria mais ou menos 253.411 votos para cada representante. Portanto, para um estado ter um parlamentar na câmara, além do mínimo de 2, deveria ter 253 mil votos por representante.
Isso diminuiria a sub-representação existente hoje. (E isso nunca vai passar porque o modelo constitucional de 88 privilegiou as oligarquias do norte/nordeste, repetindo uma artimanha do período autoritário de 64, quando foi aumentada a representação do norte e nordeste onde a força da ARENA era maior).

SENADO – O Senado Federal é, por excelência, o garante do Pacto Federativo. Por isso, nessa Casa Parlamentar não se faz distinção entre Estados: cada Estado tem direito a 03 Senadores independentemente do tamanho de sua população. Algumas bobagens que se lê sobre o Senado:
1)   Pode-se acabar com o Senado. Não, não pode a não ser que mudemos nosso modelo constitucional. Enquanto formos uma Federação (ainda que uma federação torta que de federação tem muito pouco) necessitamos de uma Casa que represente os partícipes da União. Os Estados, Distrito Federal, Municípios e União (governo federal) tem o mesmo patamar de igualdade e autonomia no plano interno. Somente no plano externo é que o Governo Federal fala em nome de todo o Brasil.
2)   Outra bobagem, o fim dos suplentes. É bobagem enquanto se permitir que o Executivo tenha vices. Ademais, como é cargo majoritário, implica em que houve um que foi mais votado. Chamar o segundo, derrotado na eleição, para ocupar o lugar do primeiro é fraudar a vontade das urnas.
Soluções para o Senado:
1)   Proibir que o Senado Federal tenha iniciativa de leis, permanecendo como Casa Revisora por excelência.
2)   As Emendas Constitucionais, ainda que as propostas sejam apresentadas por Deputados, devem ser sempre iniciadas no Senado Federal. Afinal, a Constituição é toda ela o documento que assegura o Pacto Federativo e sobre isso o Senado deve ter sempre a última palavra.
3)   Passar a se ter apenas um suplente, como é o caso dos Chefes do Executivo. O Suplente só assumiria em caso de morte ou doença do titular. Caso o titular assuma qualquer cargo no Executivo deve renunciar. Renunciando não assumiria o vice (suplente), mas a Assembléia legislativa do Estado promoveria uma eleição, indicando o Senador do Estado até a próxima eleição geral. O que não se pode admitir, de maneira alguma, é que um derrotado pelas urnas (o segundo lugar) assuma uma cadeira para a qual não foi eleito. Seria como dizer que se a Dilma renunciar quem deveria assumir seria o Serra (um despautério).

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Constituída por representantes do Estado Federado. Fiscaliza o Executivo estadual e discute e aprova leis no seu âmbito de competência, demarcado pela Constituição Federal. Voto proporcional, com numero mínimo e Maximo de cadeiras definido pela Constituição.

CÂMARA MUNICIPAL Constituída por representantes do Município Federado. Fiscaliza o Executivo municipal e discute e aprova leis no seu âmbito de competência, demarcado pela Constituição Federal. Voto proporcional, com numero mínimo e Máximo de cadeiras definido pela Constituição.

ASSEMBLÉIA DISTRITAL Constituída por representantes do Distrito Federal, que é também autônomo no Brasil, em pé de igualdade com os Estados e Municípios. Fiscaliza o Executivo Distrital e discute e aprova leis no seu âmbito de competência, demarcado pela Constituição Federal. Voto proporcional, com numero mínimo e Maximo de cadeiras definido pela Constituição. Detalhe curioso: a Assembléia distrital tem competências legislativas típicas de Assembléias Legislativas e de Câmaras Municipais, já que o Distrito Federal não tem municípios e tem tributos municipais que são de seu direito como, por exemplo, o IPTU.

Recado

Prezados poucos leitores,
Ao longo dos dias postarei aqui alguns comentários sobre temas políticos. De maneira leve, procurarei expressar meus pontos de vista sobre diversos temas. Espero que apreciem.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Assuntos nada a ver, em tempo de ebulição

Assuntos nada a ver, em tempo de ebulição
Às vezes acordo com vontade de falar sobre o nada, sobre amor, sobre aquelas coisas que todos consideram as menos importantes, desimportantes por si mesmas, sem que ninguém lhes dê valor.
Enquanto passam pelas ruas os cordões e blocos que se animam numa alegria fingida, quase que imposta pelas convenções sociais, os blocos e cordões de carnaval, penso em falar sobre o nada, sobre aquilo que não será manchete dos jornais de amanhã, nem receberá chamadas nos sites de notícias (nem tão noticiosos assim, mas com um quê de fofoca falada ao pé do ouvido, rasteira e sem profundidade).
Às vezes me bate um banzo, um sei lá o quê que quase me convence da desimportância do ser, tal a overdose de que só se pode ser tendo, mesmo que ninguém saiba o que vale a pena realmente ter.
Às vezes, e só às vezes, me bate uma vontade de falar sobre o nada, sem ter que pensar no amanhã que virá e que é, certa e claramente conseqüência do ontem que se foi e do hoje que se vive, displicentemente.
Certo que ninguém pode  saber com clareza o que se faz e o que se pensa, que as coisas vão e vêm num turbilhão, certo que do nada surge alguma coisa e que de alguma coisa pode se descobrir a residência do nada.
Em dias como esse, que são sombrios e também claros, nada me comove e tudo me sensibiliza. São em dias como esse, nublados e ensolarados ao mesmo tempo, que os sentimentos se misturam, que esqueço a política, os amores (e desamores) os senhores e os escravos do destino.
São em dias como esse, em que o banzo me envolve, que gosto de falar do nada e do tudo, daquelas coisas e seres que passam por nós sem qualquer atenção.

Enquanto desfilam pelas ruas os foliões, uns tão tristes que precisam de muletas para esboçar sorrisos, que desnudo as máscaras e os sonhos.
Às vezes, em dias como hoje, melhor seria ficar calado e recolher-me à insignificância de mim mesmo, sem ocupações e sem preocupações, deixando apenas que o tempo cure o nada que habita o hoje e que habitará o amanhã.
E que do nada pode nascer algo e de algo pode nascer o nada é certo, como certo é que enquanto desfilam quase em procissão os blocos, a alegria deixa de ser sentimento para se vestir de fantasia.