Os legistas Dr. Robert Bucklin e Dr Joseph Gambescia – analisando o Santo Sudário – descreveram aquele documento vivo da seguinte forma:
“Sem levar em consideração como as imagens foram feitas, existe aqui [no Sudário] informação suficiente para declarar que elas são anatomicamente corretas. Não há problema para diagnosticar o que aconteceu com esse indivíduo. A patologia e fisiologia são inquestionáveis e representam conhecimento médico desconhecido há 150 anos.
Trata-se de um homem branco, com 1,80m de altura, pesando cerca de 80 quilos. As lesões são as seguintes: começando pela cabeça, existem derramamentos de sangue de numerosos ferimentos por perfuração, no alto e atrás do crânio e na testa. O homem foi espancado no rosto, há uma tumefação sobre uma das faces e, indubitavelmente, tem um olho escurecido. A ponta do nariz está esfolada, como ocorreria em decorrência de uma queda, e parece que a cartilagem nasal pode ter se separado do osso. Há um ferimento no pulso esquerdo, o direito estando coberto pela mão esquerda. Essa é a lesão típica de uma crucificação. A representação artística clássica e lendária de uma crucificação, com cravos atravessados nas palmas das mãos, é espúria: as estruturas das mãos são frágeis demais para sustentar todo o peso de um homem, particularmente de um dessas proporções. Se o homem tivesse sido crucificado com cravos nas palmas, elas teriam rompido os ossos, músculos e ligamentos e a vítima teria caído da cruz.
Há um fluxo de sangue que desce pelos dois braços. Aqui e ali, existem gotas de sangue num ângulo derivado do fluxo principal em decorrência da gravidade. Esses ângulos representam os únicos que podem ocorrer das duas posições que podem ser tomadas por um corpo durante a crucificação.
Atrás e na frente existem lesões que aparentam ser marcas de açoite. Historiadores têm indicado que os romanos usavam um chicote chamado flagrum. Esse chicote tinha duas ou três pontas, e em suas extremidades existiam peças de metal ou osso que pareciam pequenos alteres. Estes eram destinados a abrir estrias na carne. As pontas e as ponteiras de metal do flagrum romano combinam com precisão com as lesões anteriores e posteriores do corpo. A vítima foi chicoteada pelos dois lados por dois homens, um dos quais era mais alto do que o outro, conforme fica demonstrado pelo ângulo das pontas do chicote. Há uma tumefação nos dois ombros, com escoriações indicativas de que alguma coisa pesada e áspera havia sido carregada nos ombros do homem poucas horas antes de sua morte. No flanco direito, um tipo qualquer de lâmina, longa e estreita, penetrou em direção ascendente, perfurou o diafragma, penetrou na cavidade torácica através do pulmão, indo até o coração. Esse foi um evento post-mortem, porque componentes isolados de glóbulos vermelhos e de soro vazaram da lesão. Mais tarde, depois que o cadáver foi deitado horizontalmente e de rosto para cima sobre o pano, o sangue gotejou do ferimento lateral e empoçou-se na altura dos rins. Não há evidencia de que qualquer das pernas tenha sido fraturada. Há uma abrasão de um joelho, coincidindo com uma queda (da mesma forma que a ponta do nariz); e, finalmente, um espigão foi cravado nos dois pés, com vazamento de sangue para o pano. Fica bem definida a evidência de que um homem foi açoitado e crucificado, tendo morrido de insuficiência cardiopulmonar típica de crucificação. (Relatório tirado do livro: HELLER, John Herbert. O Sudario de Turim. RJ: José Olympio, 1985, pag 3-5)
"Transpassaram minhas mãos e meus pés e contaram todos os meus ossos" Sl21(22), 17-18
"Eis que estou à porta e bato" Vem, Senhor Jesus!
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